Conheça o álbum assumidamente gay em que Edy Star trouxe ícones da MPB para o universo do glam rock tropical

  • 24/04/2025
(Foto: Reprodução)
Capa do álbum ‘...Sweet Edy...’, de Edy Star Divulgação ♫ MEMÓRIA ♪ A morte de Edy Star (1938 – 2025) na madrugada desta quinta-feira, 24 de abril, joga luz sobre o antológico primeiro álbum solo do performático artista baiano. Em ...Sweet Edy..., Star trouxe ícones da MPB para o universo do glam rock de sabor tropical. Andrógino, elétrico e ousado, Edivaldo Souza já era Edy Star há muitos anos quando, em 1974, gravou e lançou este álbum que o fez brilhar com aura glam nas trevas da ditadura que escureceu o Brasil dos anos 1960 e 1970. ...Sweet Edy... eternizou o desbunde de Star naquele período sombrio. Com o apoio empresarial de João Araújo (1935 – 2013), diretor da gravadora Som Livre e avalista do disco, Edy Star entrou em estúdio para pôr voz em músicas inéditas compostas por nomes do naipe de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira (1947 – 2020), Jorge Mautner, Getúlio Côrtes e Roberto Carlos, este em parceria com o fiel amigo de fé Erasmo Carlos (1941 – 2022). Caetano mandou O conteúdo. Gil forneceu Edith Cooper. Ambas as músicas estavam aquém dos altos padrões dos compositores, mas se afinaram com o tom de desbunde deste disco em que o artista mixou tango e rock em Coração embalsamado (a música inédita de Getúlio Cortes), apostou na latinidade caribenha de Olhos de raposa (a contribuição de Jorge Mautner) e dançou o Boogie woogie do rato (Denis Brean). ...Sweet Edy... é disco pop glam de pegada roqueira, evidenciada na inédita de Roberto e Erasmo, Claustrofobia, música com mais jeito de Erasmo do que de Roberto. De Moraes Moreira, Edy Star ganhou rock à moda do grupo Novos Baianos, Pro que der na telha, composto por Moraes com o parceiro letrista Luiz Galvão (1937 – 2022). Relançado em CD em 2011 e reeditado no formato original de LP em 2019, com toda pompa em ambas as ocasiões, o álbum ...Sweet Edy... é assumidamente gay. "...Para um bom entendido / Meia cantada basta", avisou Star em versos de Bem entendido (Renato Piau e Sérgio Natureza). Mesmo que o cantor fosse falso (Edy sempre foi mais performer) e que as canções não fossem tão bonitas assim. o disco ...Sweet Edy... ganhou status e prestígio da MPB por tudo o que representou naquele momento de ditadura. É um disco em que a atitude desbundada valia mais do que a música em si. O segundo álbum solo de Edy, Cabaré Star, lançado em 2017, é disco mais interessante do ponto de vista musical do que ...Sweet Edy... (1974), mas não tem a importância e a aura do álbum de 1974, ano em que o brilho de Edivaldo Souza pôs um pouco de glamour na música brasileira.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/04/24/conheca-o-album-assumidamente-gay-em-que-edy-star-trouxe-icones-da-mpb-para-o-universo-do-glam-rock-tropical.ghtml


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